sábado, 23 de julho de 2011

Mais uma denúncia de intolerância no Huambo. 1.º secretário do MPLA acusado de espancar militantes da UNITA


O general Higino Carneiro começa a ver comprometidos os seus esforços, de tentar ludibriar a opinião pública, para baixar a tensa poeira política, no Huambo, mas ao que parece a equipa de Muteka, não está interessada em inverter o quadro de intolerância, como se a província fosse uma coutada familiar.

Welema Vemba*

Se numa das missões da CIP da Assembleia Nacional, chefiada por Higino e maioritariamente integrada por deputados da bancada maioritária, estes diziam estar a UNITA e o restante da oposição a empolar as questões, paulatinamente, a realidade, parece mostrar outra coisa.

Assim no dia 10.07, um grupo integrando por cerca de 50 fanáticos militantes, chefiados por Cabral, 1º Secretário do MPLA, administrador e chefe da Organização da Defesa Civil do KM 25, do município da Caála, é acusado de na sua caminhada intolerante, ter completamente destruido o comité da UNITA na mesma localidade.

“Eles, algumas vezes, faziam caça ao homem e montavam emboscadas, para agredirem os militantes da UNITA que regressavam das suas actividades políticas ou laborais”, disse ao F8, Matias Wuangala, acrescentando terem ficado feridos 15 militantes da UNITA, a destruição parcial de uma viatura, bem como o “roubo” de quatro motorizadas.

“Isso está a ficar perigoso, pois os militantes da UNITA não vão engolir sempre esta situação, mesmo que o MPLA exiba os seus canhões, militares e policias. Mas, hoje nós temos mais experiência e conhecemos melhor as manhas do MPLA, que nem poupam crianças de dois anos, como aconteceu no Km 25”, enfatizou.

No entanto o militante do MPLA, Manuel João, contactado pelo F8, desvalorizou o incidente, limitando-se a dizer se ter tratado de um pequeno desentendimento entre militantes dos dois partidos, mas facilmente ultrapassado. Sobre os danos causados afirmou: “isso já não se pode apontar ao MPLA. Devem ser bandidos e delinquentes que se aproveitaram da situação, para destruírem a sede e as motos da UNITA, nós não porque não precisamos e não temos medo deles na província do Huambo”, concluiu.

*No Huambo

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